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VERSO

&

REVERSO

-+

E-mail:

douglasjaty@hotmail.com

DouglasLima

Prezo em registrar nes–

te espaço a existência de

um jovem lutador, idealis–

ta, que sabe o que quer:

contribuir, com o que tem

pra dar, para uma socieda–

de amapaense melhor. Ele

é Cléverton Nélio Oliveira de Lima, o Kenzo, epíteto que usa como

compositor e cantor. Mas Cléverton, antes da música, foi pujante lí–

der estudantil como aluno do Colégio Amapaense. Hoje é gestor da

Escola Estadual 'Lucimar Amoras Dei Castillo', em Macapá, ativida–

de que passou a executar depois que deu aula no Pará e em Santa–

na, na modalidade Projovem. Cléverton Nélio Oliveira de Lima, o

Kenzo, também é formado em História e em Direito.

e

Homenagem

Amigo Samuel era dispersivo, desatencioso. Certa vez ele chegou

no

jornal, alegre

como

sempre, declamando: "Minha terra tem pal–

meiras/Onde canta

o

sabiá/

As

aves que aqui go,jeiam!Não go,jeiam

como

lá", e tacou: "Vinicius de Moraes, a fera", apontando

o

'Poe–

tinha'

como o

autor

dos

versos. Aquilo foi motivo de gargalhadas!

Chamei-oàparte eexpliquei que

os

versos por ele declamados eram

da 'Canção do Exílio', poesia antológica de autoria de Gonçalves

Dias, saudoso conterrâneo do próprio Samuel, maranhense. Samuca

retornou para onde antes estivéramos; aturma ainda gargalhava pe–

lo

tal Vinicius de Moraes, a fera. Então,

o

colega resolveu mostrar

erudição: "Falei brincando. Apoesia éCanção do Exílio, escrita por

um conterrâneo meu".

-

Equem é

o

teu conterrâneo? Perguntou al–

guém, aque de pronto Samuel respondeu: "Castro Alves".

e

A fraqueza

do

cora–

ção humano é uma das

maiores virtudes. Nela,

o

homem se derrete em

favor

do

semelhante,

renunciando a

si

mes–

mo.

O

ideal seria que

tal entrega, fraqueza e

renúncia fossem cor–

respondidas.

e

DOIS

Quem tem

o

coração fra–

co,

emocional, espiritual eafe–

tivamente, para

os

corações

duros é tido

como

babaca, zé

mané, otário, etc.. Pela alegria

e leveza que

o

dono

do

cora–

ção fraco experimenta,

o

de

coração duro é quem acaba

sendo tudo aquilo, porque des–

tila raiva, vingança,

ódio.•

Revista

DIÁRIO

-

Edição29 -

52

Temgente

pra

tudo

O

ser humano écapaz de tudo.

O

im–

perador indiano Shah Jahan gastou soma

incalculável para construir Taj Mahal em

homenagem auma das suas esposas. Lula

se dizia

o

homem mais honesto

do

Brasil,

hoje está na cadeia.

O

'Elogioda Loucura',

deErasmode Rotterdam, mostramuito bem

do

quanto ahumanidade écapaz. Conto

o

caso de alguém que não homenageia mais

os

seus

mortos nos

cemitérios porque can–

sou de levar ~ores evelas

-

quando vira as

costas,

levam

tudopra colocarem outrasse–

pulturas. Há ocaso em que foi erigida

bo–

nita cruz

no

túmulodo chefede uma família

na véspera do Dia de Finados. Nadata se–

guinte, quando familiaresforam ao cemité–

rio, acruz linha sumido

-

no lugar dela,

uma outra, de madeira ordinária,

com

a

haste eatravessa seguraspor um

de ca–

darço de sapato. Eu, heim!

e

média de idade da

população ~rasileira

resceu mwto

nos

últimos anos. Dados do IBGE

mostram que, em 1980, acada

cem brasileiros, seis tinham

mais

de 60 anos. Hoje, saltou

para 14 acada cem. Além do

impacto econômico do

envelhecimento da população

no

sistema previdenciário, cresce

também aimportância de se

investir em saúde eassistência

médica a favor desta gente.

e

TRÊS

...

E tudo

isso

não pas–

sa para

o

coração fraco,

pelo contrário, fica ainda

mais entranhado no de

co–

ração duro. Por

isso

é que

sou passivo. Prefiro aceitar

tudo

como

vontade de

Deus,

do

que fazer da

mi–

nha vontade uma soberana

que logo perecerá.•