Revista Diário - 9ª Edição - Agosto 2015

Revista DIÁRIO - Agosto 2015 - 42 P ara Jurandil Juarez, as “pedaladas fiscais”, praticadas pelo governo federal, vão provocar “efeitos cascatas” sobre os governadores: “Se as contas do governo não forem aprovadas, os repasses federais poderão ser mais dificultados ainda. O que ocorre é que o governo federal há muito tempo vem utilizando‐se de subterfúgios, digamos, inapropriados para maquiar as contas públicas, mas esse questionamento do Tribunal de Contas da União é oportuno, principalmente para mostrar que todos, sem exceção, têm que se submeter a regras, inclusive a Presidência da República”, diz o economista. Na opinião de Jurandil, outra preocupação é a crise institucional que ameaça se instalar no país com o rompimento político do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), com o Palácio do Planalto: “Não há a menor dúvida de que esse rompimento do presidente da Câmara repercutiu muito em todo o planeta e, com certeza, pode representar mais uma gargalo no que diz respeito aos investimentos estrangeiros no país, também com graves consequências para o Amapá, logo agora que se planeja a construção de uma estrutura sólida para o desenvolvimento do agronegócio. E sou cético quanto à minimização desse conflito porque convivi com o Eduardo nos dois mandatos que tive como deputado federal, e conheço o perfil dele nada conciliador”. ● Economistas e empresários afirmamque o Amapá é um dos estados mais afetados pela crise econômica brasileira ● Pouca afluência de público na principal ruado comérciodeMacapá, a Cândido Mendes, é umdos sinais da crise. Entrevistados comexclusividade pela Revista Diário, os economistas Jurandil Juarez e Antônio Teles Júnior afirmamque o Amapá é umdos estados mais afetados pela crise econômica que assola o país: “A restrição de investimentos impostos pela equipe econômica do governo federal atinge de forma massacrante o Amapá, por sua dependência quase que exclusiva de repasses federais”, analisa Jurandil. Teles Júnior complementa: “A falta de uma indústria consolidada faz comque o Amapá tenha que repensar a sua política de desenvolvimento. Por isso, o governo atual está trabalhando intensamente para captar investimentos de grandes grupos nacionais e do exterior, principalmente no agronegócio, que emerge como fronteira desse crescimento econômico”. Economia

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