Revista Diário - 9ª Edição - Agosto 2015

Revista DIÁRIO - Agosto 2015 - 43 P ara Jurandil Juarez, o quadro é de recessão: “A crise se instalou, definitivamente, entre nós. E nossa política econômica, que tem como base o contracheque do funcionalismo público, é uma marcha à ré em qualquer pretensão de se resolver o problema em curto prazo. Se não houver união entre todos os setores a situação só tende a se agravar, principalmente porque o Amapá, apesar de possuir a denominação de estado, elegendo seus governantes em todos os níveis, mantém as mesmas peculiaridades de território federal, principalmente no que diz respeito à dependência financeira de Brasília”. O presidente da Federação do Comércio e atual secretário de Estado da Indústria e Comércio do Amapá (Seicom), Eliezir Viterbino, vem sentindo na carne a crise econômica que se instalou no estado. Ele se reuniu recentemente com seus trabalhadores para comunicar a decisão de fechar uma das lojas. Na ocasião, previu que outras empresas no estado adotarão a mesma medida e que também farão demissões, o que, aliás, já ocorre. ● ● Eliezir Viterbino, empresário e Secretário Estadual de Indústria e Comércio. Revés no comércio e demissões A o assumir a Seicom, no início de fevereiro deste ano, a convite do governador Waldez Góes (PDT), o empresário Eliezir Viterbino revelou que a classe empresarial estava satisfeita com o diálogo aberto, estabelecido entre o governo e o setor privado. "Hoje o setor comercial e industrial representa 61 mil postos de trabalho no estado, daí sua extrema importância para a economia do Amapá. Nosso objetivo é destravar, desenvolver e acompanhar a economia estadual”, discursou Viterbino na solenidade que o empossou. Decorridos apenas dois meses após a posse, em abril, o secretário revelou que nos últimos 12 meses o Amapá perdeu 2.800 postos de trabalho no comércio. Dias depois uma pesquisa do IBGE apontou que o Amapá teve o segundo pior desempenho no comércio varejista do Brasil, com uma queda nas vendas de 6,7% em fevereiro. Além da empresa do grupo empresarial de Viterbino, várias outras lojas estão fechando as portas ou demitindo trabalhadores. A Maranata e a 2A Importados também reuniram recentemente os seus trabalhadores para comunicar demissões. A mesma medida já tinha sido adotada pela Domestilar. Elas estão entre os grandes empreendimentos do comércio local. ●

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