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que o ministro da economia, Paulo Guedes, vai fazer cor–

tes no Sistema S, justamente quando estamos saindo da

crise. Tem muito olho gordo no nosso Sistema. Acredito

que o ministro vai aos poucos entender que os cortes

podem ser menores. Mas se assim não for teremos que

nos reinventar, lançar mão da tecnologia para trabalhar–

mos bem com a mesma quantidade, tendo menos recur–

sos.

Diário - Até que nível o Sebrae atua com transpa–

rência?

Iraçu

-

No que é do meu conhecimento, o Sebrae é

bem provido de competentes assessorias profissionais.

Somos submetidos a um imenso controle de contadores,

administradores e a auditorias interna e externa, até

chegar no órgão controlador maior, que é o Tribunal de

Contas da União. Isso nos dá a distinção de nesses 20

anos não termos tido nada chamuscado por conta de

algum evento mal conduzido. Esse mérito é para todos

do Sebrae, uma casa que tem uma cultura de transparên–

cia.

Diário - A sua instituição orienta o microem–

preendedorismo sobre como se desenvolver. Claro

que isso não é suficiente para o setor. No Amapá, par–

ticularmente, como os micro e pequenos empresá–

rios se viram em termos de incentivos financeiro e

fiscal?

Iraçu

-

Ainda há, hoje, uma interpretação errônea

sobre a função do Sebrae. Somos uma instituição que en–

sina o pequeno empreendedor a chegar ao Banco do Bra–

sil, Caixa e ao Basa, as principais instituições de

financiamento com competência para liberar recursos

ou não. Então, o Seabre cumpre a sua parte de facilitar o

acesso aos programas com a finalidade de liberar recur–

sos para empreendimentos. Mas acredito que há uma

certa dificuldade para o pequeno conseguir financia–

mento, e isso é normal, porque o banco não empresta se

não tiver uma garantia.

Diário - A parceria com o governo do estado

é

pra

valer, mesmo, ou há senões nesta relação?

Iraçu

-

Mesmo considerando que integramos um sis–

tema nacional com sede em Brasília, o governo do estado

do Amapá é o nosso principal parceiro, aqui. Dividimos

o ônus e o bônus. Isso sempre tem sido feito.

Diário - Qual a expectativa do Sebrae-Amapá sobre o

novo vice governador do estado ser alguém do seio do

empreendedorismo?

Iraçu -A expectativa é muito boa. Jaime Nunes, inde–

pendente de hoje ser vice governador, é um parceiro da

casa. Ele tem trânsito no meio empresarial, nos vários

níveis. Jaime tem grande capacidade de planejar e exe–

cutar. Tudo que ele faz é bem feito, e chega neste mo–

mento ao governo do estado, para somar.

É

muito

propalado que no Amapá estão juntando os 27 anos de

vida empresarial do Jaime Nunes com os 27 anos de Wal–

dez Góes na vida pública. Isto vai dar um caldo muito

bom.

Diário - Qual a visão do Sebrae a respeito do de–

senvolvimento sustentável?

Iraçu

-

Não podemos cultivar o discurso que somos

o estado mais preservado do país. Não adianta isso com

o povo pobre. Devemos saber aplicar essas regras, mas

colocando o desenvolvimento a serviço do cidadão. De–

vemos preservar, mas aproveitar a riqueza que temos

com responsabilidade. Não vejo sentido Deus criar o

mundo para o homem usufruir e não podermos desfru–

tar das nossas riquezas naturais.

Diário - Neste primeiro ano de sua gestão, que

está apenas iniciando, qual é ou será a marca de

Iraçu Colares

à

frente do Sebrae no estado ama–

paense?

Iraçu

-

Dar continuidade ao processo de condução

do trabalho com a transparência que já vem sendo feita.

Não existe inovação. Não vou fazer derivações. Estamos

disponíveis para conversar, principalmente ouvindo.

Revista

DIÁRIO-

Edição29

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