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Exército terá 3 mil integrantes no

A

grande pergunta que se faz

hoje é sobre a tão falada co–

biça internacional sobre a

Amazônia. Segundo a reportagem

apurou junto ao comando da 22ª

Brigada de Infantaria de Selva, esse

interesse estrangeiro ainda existe,

mas não como os livros de história

contavam no passado, ou seja, ocu–

par por ocupar, fazer colônias, lu–

crar com o ouro alheio. Para o

general Viana Filho a cobiça é per–

manente, mas pelos recursos natu–

rais que o Brasil possui. "Não

falamos hoje de invasão ou outras

formas de domínio, mas temos

dados concretos sobre a ação ve–

lada de agentes estrangeiros em

nossas florestas, seja em supostas

missões, em determinadas ONGs

que influenciam indígenas ou em

empresas multinacionais, explo–

rando recursos naturais de forma

ilegal.

•SOBERANIA

Em virtude dessas ameaças, en–

tende-se a importância da presença

do Exército em nossas fronteiras,

principalmente no chamado Arco

Fronteiriço compreendido pelo Su-

riname, Guiana e Guiana Francesa.

•EFETIVO

Resultado direto desse planeja–

mento estratégico do Alto Co–

mando do Exército Brasileiro, o

Amapá recebeu a 22 ª Brigada de

Infantaria de Selva. Grande Uni–

dade da Força Terrestre composta

por uma série de outras unidades,

chamadas no jargão militar de OM

(Organizações Militares).

A

sede da

22ª Brigada é em Macapá e reúne

os efetivos de três batalhões, o 34º

BIS, também sediado na capital

amapaense, o 2º BIS localizado em

Belém e o 24º BIS com sede em São

Luís. "No contexto do planejamento

estratégico do Exército para a Ama–

zônia Brasileira foi criado em 2013

o Comando Militar do Norte a apar–

tir da divisão do Comando Militar

da Amazônia, facilitando a coorde–

nação militar ao agrupar regiões da

Amazônia com as mesmas caracte–

rísticas", explica o comandante.

As obras de implantação da Bri–

gada estão em andamento. Já foram

entregues o Pavilhão de Comando,

a Companhia de Comando da Bri–

gada e até alguns PNR's (Próprios

Revista

DIÁRIO

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Edição 27 -

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Nacionais Residenciais). Quando

estiver totalmente implantada, o

efetivo total lotado no Amapá sal–

tará dos atuais 1200 militares para

algo próximo a 3 mil profissionais,

distribuídos em unidades de comu–

nicações, logística, cavalaria, arti–

lharia, engenharia e outros. Hoje,

além de Macapá, há integrantes da

Brigada da Foz em Belém-PA, São

Luís-MA, Clevelândia do Norte no

Oiapoque (AP), em Vila Brasil (AP)

e também em Tiriós (PA).

•POSIÇÃO

A

criação do Comando Militar

do Norte e a implantação da Bri–

gada da Foz do Amazonas no

Amapá caracteriza a importância

estratégica da Amazônia Oriental

para o Exército Brasileiro, porta de

entrada para toda Amazônia e fron–

teira com a Europa.

A

criação da

22ª Brigada de Selva tem como fi–

nalidade aumentar a capacidade

operacional e melhorar o gerencia–

mento administrativo do Exército

Brasileiro na Amazônia, além de ar–

ticular o esforço da presença mili–

tar na região e guarnecer a área de

fronteira da Amazônia Oriental.