Revista Diário - 30ª Edição

A s necessidades diferenciamde indivíduo para indivíduo. O que para um é neces- sário, para outro é supérfluo. Há uma li- nha tênue entre o necessário e o supérfluo. O que umprecisa, o outro acha totalmente desne- cessário. O que temos que perceber é se essa neces- sidade realmente existe. Ou se não é apenas uma forma de compensação. Uma busca inces- sante para preencher algo que está faltando. E assim, podemos estar acumulando coisas que faltam para outros que estão do nosso lado. E que mesmo, na tentativa de preencher essa pseudonecessidade, o vazio continua. Precisa- mos atentar para o que definitivamente preci- samos. Evidentemente, não há umamedida que sir- va para todos. Cada um tem suas necessidades e estilos. Mas precisamos avaliar se realmente precisamos de todos os sapatos, bolsas, grava- tas, etc., que temos. Quantas roupas, que foram compradas há tempo, num momento de com- pulsão, ainda estão guardadas com etiquetas em nossos guarda-roupas! Muitas vezes, ao adquirirmos algo que nem vamos usar, ou que não estamos precisando, acabamos por maquiar necessidades que são de natureza afetiva, existencial. Muitas vezes, não atentamos para isso. Daí é imperativo fazer ummovimento de desapego, e passando adian- te, faremos um exercício necessário para o ver- dadeiro sentido da vida. Quando não se conse- gue fazer essemovimento sozinho, precisamos buscar a ajuda adequada, para que essemergu- lho profundo, acerca de nossas verdadeiras ne- cessidades, possa ser estabelecido, e assim en- contrarmos o preenchimento para os vazios que temos em nossas vidas. O fato de não se conhecer verdadeiramente, causa uma confusão de sentimentos, não se con- segue identificar o que verdadeiramente se sen- te. A grande sacada, sem dúvida nenhuma, é o autoconhecimento. Quando se realiza essa fan- tástica viagem, descobre-se a verdadeira razão de ser, estar e existir. Dessa forma, haverá uma amplitude emnossomodo de ver a vida, e assim ressignificar as coisas. Todos somos capazes de preencher esses vazios, sem precisar se apegar ao supérfluo, somente ao necessário. E lembre- se, se não conseguir sozinho, busque ajuda! Comportamento Revista DIÁRIO - Edição 30 - 05 ClaudiaOliveira Psicóloga clínica Consultório Psiqué - Avenida FAB, 1070 - Sala 306 - Edifício Macapá Office - 98127-0195 "Eu uso o necessário Somente o necessário O extraordinário é demais Eu digo o necessário Somente o necessário Por isso é que essa vida eu vivo empaz". Mogli (Somente o necessário). O que é necessário?

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