Revista Diário - 30ª Edição

Revista DIÁRIO - Edição 30 - 41 “Eu tenho três filhos que moram emBelém, mas aqui no abrigo eu recebo muito carinho. Eu gosto dos bingos, gosto de dançar. Festa é festa; depois que a gente morre não tem mais nada”, disse alegremente. Se depender da equipe multidisciplinar, que vai desde profissionais da saúde até funcionários terceiri- zados, cuidado, amor, carinho e zelo não faltam aos ido- sos. “Temos assistente social, fonoaudiólogo, psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta e um geriatra que faz o acompanhamento diário deles, já que a maioria chega muito debilitada da saúde, em declínio funcional, mesmo, além da ajuda dos técnicos de enfermagem. É uma missão muito grande cuidar de 62 vidas”, avaliou Aliny. Os moradores foram parar no abrigo por diversos motivos, mas o abandono social e afetivo é o caso mais comum. “Nossos maiores casos são dos idosos em estado de abandono social, e o papel do abrigo é retirar esse idoso da vulnerabilidade social, garantir o alimento dele e fazer a proteção social”, complementa Aliny Alves. A gerente explica ainda que alguns idosos são visita- dos pela família; outros, não. “Algumas situações são do tipo em que os vínculos familiares foram rompidos. Então, por mais que se tenha família, não se criou vínculo familiar; a gente chama isso de rompimento dos laços fa- miliares. Não julgamos ninguém, cada um tem a sua par- ticularidade, os problemas pessoais, e por algummotivo, no caso dos rompimentos familiares, o idoso veio para o abrigo”, pontua. Apadri h mento Os idosos do Abrigo São José tambémpodem ser apa- drinhados. Alguns, inclusive, podem sair do local durante datas festivas. “Para passar o Natal, o Ano Novo, eles podem ser adotados. A gente tem alguns casos de idosos que são levados pelos familiares nas festividades de fim de ano e retornamdepois. Mas aqueles que não têm con- dições, podem ser apadrinhados aqui mesmo no Abrigo, com algum presente e até mesmo a própria visita. A gente recebe qualquer tipo de apadrinhamento que a po- pulação queira dar”, esclarece a gerente. E para fazer a alegria dos idosos, além de presentes, atenção e carinho, a gerência permite que diversas ações de lazer sejam realizadas no asilo, mas é preciso fazer agendamento prévio e levar ofício detalhando a progra- mação. “É só procurar a gente aqui na gerência pra fazer o agendamento. Geralmente essas programações são agregadas a algum tipo de doação, e aí fica a critério, pro- dutos de higiene são mais usados. Qualquer atividade de lazer é liberada: música ao vivo, dança, bingo, pintura em tela, são alguns exemplos”, finaliza Aliny Alves.

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