Revista Diário - 30ª Edição

Academia cientifico e tecnológico sempre limitado pelas grandes dificuldades de atração e fixação de doutores, mesmo os recém titulados, que representam o perfil mínimo de formação exigido para concorrer e acessar aos recursos disponibilizados pelas agências de fomento do governo federal e instituições de ciência e tecnologia para finan- ciar as pesquisas e, também, para ministrar atividades acadêmicas de formação em cursos de mestrado e dou- torado. Apesar da educação superior no Amapá ter iniciado em 1970, com a criação do Núcleo de Educação de Ma- capá (NEM) da Universidade Federal do Pará (UFPA), as possibilidades de complementação da formação local em nível de pós graduação ‘stricto sensu’ só serão ofer- tadas 36 anos depois, a partir de 2006, com a criação de três programas de pós graduação: o atual Programa de Pós graduação em Desenvolvimento Regional (PPGMDR) com o curso de Mestrado Integrado em De- senvolvimento Regional; o Programa de Pós graduação em Biodiversidade (PPGBIO) com os cursos de Mes- trado e Doutorado em Biodiversidade Tropical, e o Pro- grama de Pós graduação em Direito Ambiental e Políticas Públicas (PPGDAPP) com o curso de Mestrado emDireito Ambiental e Políticas Públicas que foi extinto pela Capes em 2013. Em 2006, quando o PPGMDR foi criado, havia uma grande escassez de doutores na Unifap que pudessem compor o seu quadro docente. Contava-se apenas com sete professores doutores de áreas bem diversas dispo- níveis para iniciar o programa. Para minimizar o pro- blema, as parcerias realizadas com o Instituto de Pesquisa Cientifica e Tecnológica do Amapá (Iepa), UFPA e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) possibilitaram a sua concretização. Na primeira proposta, a área de concentração do programa era Meio Ambiente, Cultura e Desenvolvi- mento Regional, com duas linhas de pesquisa: Organi- zação do Território; e Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. A parceria com a Embrapa e o Iepa para constituir o PPGMDR gerou uma rede de ciência e tecnologia que deu origem ao envolvimento de seus pesquisadores nos outros dois programas de pós graduação criado: o Pro- grama de Pós graduação em Biodiversidade Tropical (PPGBIO) e a Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Bionorte). A criação do PPGMDR contribuiu para um avanço na formação de mestres e doutores no Amapá, servindo como fator impulsionador para o posterior desenvolvi- mento de estratégias referentes ao fortalecimento da Pós graduação stricto sensu e, consequentemente, da pesquisa científica no âmbito da Unifap e do estado do AmapáO professor doutor Antônio Filocrião registra que de 2006 a 2018 o PPGMDR foi responsável pela titulação de 149 mestres em desenvolvimento regional no Revista DIÁRIO - Edição 30 - 26

RkJQdWJsaXNoZXIy NDAzNzc=