Revista Diário - 6ª Edição - Maio 2015

Revista DIÁRIO -Maio 2015 - 65 Deputado Ericláudio – Fiquei muito surpreso com a disposição dos deputados desta Legislatura pelo trabalho. Eles procuram reerguer a imagem da casa bastante abalada nos últimos quatro anos. Diário – Mas para isso deve ter havido uma conversa entre vocês, uma espécie de pacto... Deputado Ericláudio – Fizemos um pacto de trabalho, de denodo, de transparência, principalmente os novos deputados. Um pacto de ação para contribuir com o parlamento e com a sociedade Diário - A Prefeitura Municipal de Macapá não lhe seduz? Deputado Ericláudio - Tive acesso a uma pesquisa em que meu nome aparece como candidato a prefeito. Há tempo pra tudo. Se chegar a época própria da eleição e eu for apresentado pelo partido, aceitarei o desafio. Sou um político e o político tem que assumir o seu mister em condições de disputa. Diário – Falar empartido, o seu partido foi omaior vitorioso nas eleições gerais do ano passado no Amapá... Deputado Ericláudio – É verdade. Fizemos cinco deputados estaduais e dois federais, em coligação. Antes falei que me filiara ao PDT, lá atrás, mas venci a eleição pelo PRB, a legenda mais vitoriosa no pleito de outubro de 2014. Diário- Qual o seumaior trabalho legislativo, até agora? Deputado Ericláudio - Entrar com uma emenda constitucional estabelecendo verba carimbada para a segurança pública. A educação e a saúde têm respectivamentre verbas próprias estabelecidas na Constituição. O governo não pode gastar menos do que o estabelecido na Carta. Já com a segurança pública isso não acontece. É por isso que há remanejamento dos recursos para esse setor. A emenda constitucional está em elaboração e logo entrará na pauta da Assembleia Legislativa, para a segurança pública ter um valor específico, tal como a educação e a saúde. Diário – O senhor é, por assimdizer, umdeputado da capital, e o que o senhor fala sobre o interior do estado? Deputado Ericláudio – O interior do Amapá está abandonado. Os municípios, com raríssimas exceções, foram deixados de lado. O governo passado não fez convênio com nenhum prefeito. São poucos os municípios que têm recursos para prover as demandas da população. Ser prefeito, hoje em dia, é um péssimo negócio. Diário – O governoWaldez temuma base sólida de apoio na Assembleia Legislativa. O senhor acha que essa base forte vai continuar por estes anos? Deputado Ericláudio - A relação política é frágil, temerária. Se observarmos o que acontece emBrasília, não me arvoro em dizer que Waldez Góes vai manter essa folgada maioria. Diário – Mas o senhor, como líder do governo, tudo fará para que isso não aconteça, né? Deputado Ericláudio – Devemos deixar as nossas vaidades de lado e pensar na população, na sociedade. Precisamos tirar o nosso estado da condição de um dos últimos da federação brasileira. ●

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