Revista Diário - 5ª Edição - Abril 2015

estive com o ministro do turismo, Gilberto Kassab, que a nosso convite já agendou visita ao estado, e possivelmente com anúncio de liberação de recursos para o Centro de Convenções, a nosso pedido, que será construído ao lado do estádio Zerão. Diário - O que representa para o Amapá esse centro de convenções? Senador Davi - Sem nenhuma dúvida vai ser um instrumento muito forte de desenvolvimento, a exemplo de outros grandes estados brasileiros, palcos de grandes eventos nacionais e internacionais, funcionando como grandes fomentadores da economia, da cultura, da ciência, das artes e, principalmente, do turismo. Essa foi uma bandeira que abracei. Pedi ao ministro Kassab a inclusão do Centro de Convenções do Meio do Mundo nas prioridades do Ministério do Turismo, com a liberação dos recursos financeiros necessários para a sua viabilização. Também já estou articulando junto à bancada a destinação de emendas parlamentares para o projeto. Diário - Recentemente o senhor fez um périplo nos gabinetes de Brasília junto com os senadores Randolfe Rodrigues e João Capiberibe, acompanhando o prefeito de Macapá, Clécio Luís, na busca de recursos para o estado. Como foi esse trabalho? Senador Davi - Veja bem: já forammuitas as investidas, todas com êxito, cujos resultados vão surgir naturalmente. Entretanto, a realidade econômica do país impede que esses benefícios cheguem em curto prazo: o Brasil enfrenta graves crises institucionais, econômicas e políticas. São sérios problemas no setor elétrico, com um rombo monstruoso, tarifas de energia elétrica com reajustes de até 30%, alta do dólar, desemprego e inflação indicando perspectivas sombrias para o Brasil em 2015, mais especificamente para o Amapá. Estamos conseguindo avanços significativos, como a conquista de R$ 512 milhões do Ministério das Cidades para serem investidos na mobilidade da capital. Diário - O Congresso Nacional está analisando projetos de reforma política: as duas casas possuem comissões distintas. Como está sendo costurado esse projeto, e o que o povo brasileiro pode esperar em termos de celeridade e de mudanças no atual sistema político? Senador Davi - Cada comissão analisa as suas propostas e projetos, que posteriormente serão analisados conjuntamente. Ambas as casas têm uma certeza: o projeto de reforma política surge como prioridade nacional, a sociedade cobra mudanças profundas e rápidas, principalmente no que diz respeito ao financiamento de campanhas e sistema de voto; quanto ao primeiro, a tendência é o fim do financiamento de empresas e, quanto ao segundo, deve prevalecer o voto distrital, em que serão eleitos os mais votados, com o fim das coligações, ou mesmo o distrital misto, com a eleição de um percentual entre os mais votados, e o restante por meio do coeficiente eleitoral. De qualquer maneira, ambas as comissões estão avançando, e possivelmente o projeto de reforma política estará pronto para votação em junho deste ano. Revista DIÁRIO - Abril 2015 - 41