Revista Diário - 3ª Edição - Fevereiro 2015
Revista DIÁRIO - Fevereiro 2015 - 50 D esde a inauguração do Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU das Artes), no bairro Infraero II, emdezembro, a cultura veminvadindo a zona nor‐ te da cidade, com um calendário fixo e anual de ativida‐ des, e a ocupaçãodesse espaçopela população. Apropos‐ ta, federal foi ampliada por meio de emendas do deputa‐ do EvandroMilhomen e do senador Randolfe Rodrigues, mas é a Prefeitura deMacapá e a comunidade que fazem aquele espaço efervescer arte. Seja na biblioteca, na quadra, na pista de skate, no playgroundouno teatro, a praça doCEUvemse tornando umespaçode convivência, onde famílias, crianças, jovens e público de todas as classes e perfis têmacesso ao lazer, esporte e à produção artística, gratuitamente. Pelomenos três vezes na semana o cinema abre as portas para exibi‐ ção de filmes infantis e adultos. A Biblioteca virou o xodó da criançada que tem contato com os mais de 80 títulos de obras de autores regionais. Brinquedos à disposição. Teatro de fantoche? Jogos de damas e xadrez. Ainda temescolinha de futebol, aulas de capoeira e de karatê ministradas por gente da comunidade. “São pro‐ fessores, pessoas e entidades que mantêm um trabalho social reconhecidona zona norte, mas que não tinhamlu‐ gar certo para treinar, e que agora ganhamumcentro to‐ dinho para eles. Há apresentação de toada, cantata nata‐ lina. O CEU está aberto a quem tiver proposta, basta vir agendar”, explica a diretora Marina Beckman. A instrutora da Associação Cultural União Capoeira, Claudete Carvalho, confirma: “Antes de termos o CEU, nosso grupo treinava onde dava e onde nos deixavam fa‐ zer a atividade, na quadra de escolas, associação do bair‐ ro, mas nem sempre estava desocupado. Agora aqui no CEU temos uma áreade treinoquenos foi disponibilizada, horários para treinar e dentro do nosso bairro”. ARTEPARATODOS Naturalmente, essas ações garantema fruição da cul‐ tura, onde todos se misturam – pessoas da comunidade e artistas. A partir destemês, essa relação vai se estreitar ainda mais. A Cia. Ói Nóiz Akí, entidade selecionada pela Funarte, através do Edital Funarte de Ocupação dos Ceus das Artes, para a primeira ocupação do primeiro CEU do Amapá, atua no espaço. O grupo executa o projeto “ÓI NÓIZ AKÍ/ Descoberta e Formação de Valores”, que disponibiliza gratuitamente aos moradores oficinas de circo, dança, teatro e música, alémde exposições de artes visuais e atividades cineclu‐ bistas. “Ao inaugurar emMacapá umCEU das Artes, a gestão pública municipal ‘starta’ um novo momento para a cul‐ tura e as artes em nossa cidade, ao reconhecer a impor‐ tância da cultura e das artes na construção da cidade que queremos. Através dele, os conceitos de arte pública e ci‐ dadania cultural passam a fazer parte do cotidiano de nossa gente, possibilitando aos fazedores, pensadores e consumidores de cultura e arte, galgarem o reconheci‐ mento que lhes é devido”, diz o presidente da Cia. Ói Nóiz Akí, Claúdio Silva. O prefeito Clécio Luís é defensor e incentivador de‐ clarado da cultura. Em seus posicionamentos sempre deixa claro que a cultura não pode ser promovida iso‐ ladamente, ela deve ser transversal, integrada espe‐ cialmente à educação, para promover transformações, diminuir as desigualdades, democratizando todos os tipos de espaços. ● CEU das Artes: espaço de convivência, produção, difusão e fruição da cultura emMacapá A cultura vem invadindo a zona norte da cidade, com um calendário fixo e anual de atividades, e a ocupação do espaço pela população. Texto: Rita Torrinha Arte
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