Revista Diário - 29ª Edição
tendentes pra compor chama comigo, mas cinco deles, no decorrer do processo, acomodaram-se em outras possibilidades de candidatura, e até nem candidatura. Teve caso em que a pessoa desistiu de pleitear, sem ne- cessariamente haver conflito. Quer dizer, dentro do pro- cesso democrático as coisas foram acomodando-se. No final, afunilou entre o nome do Jaime e o do doutor Pa- paléo. Entendo que isso poderia ter tido um desdobra- mento sem maiores desgastes. No entanto, infelizmente aconteceu o que todo mundo sabe, e a gente respeita. Evitei de ficar fazendo comentário, porque temos que respeitar os sentimentos das pessoas, enquanto líderes, enquanto dirigentes. Diário - Mas o senhor não ficou irritado com as declarações feitas por Papaléo e por Gilvam? Waldez - Não. Em absoluto. Eu respeitei. A não ser que tivessem sido declarações com as quais eu me sen- tisse ofendido, mas não houve isso. Foram opiniões po- líticas, que a gente tem que respeitar. Diário - Como foi a questão da chapa para o Senado? Waldez - O meu desejo, nessa questão, era que nós saíssemos só com 2 candidatos. Defendi, isso, até à úl- tima hora. Como não conseguimos consolidar, a minha posição passou a ser respeitar o direito das pessoas. Se a legislação permitia que um partido poderia, com o seu tempo de televisão, lançar 2 nomes, isoladamente, e se eu não tinha conseguido o convencimento necessário, eu respeitei, portanto, que Fátima e Gilvam saíssem pelo MDB, que o Pastor Guaracy saísse pelo partido dele, que Lucas saísse pelo PTB. Então tive que respeitar isso. Mas todos eles decidiram que mesmo se candidatando iso- ladamente coligariam comigo para o governo. Diário - Especulou-se que a candidatura de Jaime Nunes para o Senado teria sido um faz de conta negociado nos bastidores na certeza de que no fim das contas ele seria o vice, e não Papaléo... Waldez - Não. O Jaime realmente estava com a can- didatura posta ao Senado, bem articulado. Já tinha to- mado providências no que diz respeito à estruturação de campanha. Era esse foco em que ele estava. Garanto que a decisão foi reta final, mesmo. Diário - Qual será a participação do vice Jaime Nunes no seu governo? Waldez - O Jaime contribui com muitas ideias e su- gestões. Assumimos o compromisso com a sociedade amapaense no processo de desenvolvimento do estado, de fortalecimento das atividades produtivas e no pro- cessamento dessas atividades, agregando mais renda no Amapá. OJaime tem sido decisivo e deverá ter uma par- ticipação muito forte, ajudando-nos e ajudando o Amapá através daquilo que o estado tem responsabili- dade de indução na geração de oportunidades e em- prego. Diário - Outro problema na sua campanha foram as seguidas pesquisas do lbope, colocando o senhor distante na preferência do eleitor. Isso chegou a lhe preocupar? Waldez - Não. Porque a gente trabalha com infor- mações internas. A cada dois dias eu fechava essas in- formações, e era isso que servia de orientação. Quando eu detectava um problema, repito, nas nossas informa- ções internas, ou avanços, isso era tratado dentro da es- tratégia de campanha. Nós não podemos, num projeto desse, ser influenciado por informações de terceiros. Nesse caso, não era só o Ibope, mas vários outros seg- mentos políticos também faziam pesquisas, traziam in- formações e tentavam influenciar, muitas das vezes, o nosso núcleo de campanha. Eu não me permito a isso, não. Os nossos líderes, militantes, nossos coordenado- res políticos, nos mais diversos matizes, eles não se aba- tem, a não ser que eu leve a informação. Diário - Entre Davi e Capiberibe, qual era, em suas análises, o candidato menos preocupante para o senhor? Waldez - Eu me preparei para disputar a eleição. Não escolhi candidato. Foi visto nos debates que eu di- recionava as perguntas para os dois. Eu tinha a minha estratégia de campanha, os pontos de dificuldade e os pontos fortes. Assim a gente desenvolveu a campanha e a discussão com os demais candidatos. Diário - Promessa de campanha: construção de um novo Pronto Socorro... Waldez - Estamos trabalhando intensamente, já com equipe montada. Eu tinha duas frentes, uma, a Ban- cada Federal. Fui a Brasília, junto com prefeitos. Lá, reuni-me com senadores e deputados federais, e fecha- mos da seguinte forma: baixou de 220 para 170 milhões de reais. Se fossem 220 milhões, eu pleitearia uma emenda de 45 ou 50 milhões de reais para a parte da construção física do novo Hospital Pronto Socorro do Estado do Amapá. Como baixou o valor para 170, aí eu preferi defender a forma como distribuído, porque de que adianta abrir uma nova obra, com recurso de emenda federal, e colocar em risco obras que estão em construção. Diário - Quais são essas obras, governador? Waldez - O Hospital Universitário, por exemplo, para o qual assinei cem milhões, além de 25 milhões de reais para a BR 156; 20 milhões para o governo does- tado revitalizar e ampliar escolas públicas; 17 milhões Revista DIÁRIO - Edição29 - 09 -0
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