Revista Diário - 29ª Edição
VERSO & REVERSO -+ E-mail: douglasjaty@hotmail.com DouglasLima Prezo em registrar nes- te espaço a existência de um jovem lutador, idealis- ta, que sabe o que quer: contribuir, com o que tem pra dar, para uma socieda- de amapaense melhor. Ele é Cléverton Nélio Oliveira de Lima, o Kenzo, epíteto que usa como compositor e cantor. Mas Cléverton, antes da música, foi pujante lí- der estudantil como aluno do Colégio Amapaense. Hoje é gestor da Escola Estadual 'Lucimar Amoras Dei Castillo', em Macapá, ativida- de que passou a executar depois que deu aula no Pará e em Santa- na, na modalidade Projovem. Cléverton Nélio Oliveira de Lima, o Kenzo, também é formado em História e em Direito. e Homenagem Amigo Samuel era dispersivo, desatencioso. Certa vez ele chegou no jornal, alegre como sempre, declamando: "Minha terra tem pal- meiras/Onde canta o sabiá/ As aves que aqui go,jeiam!Não go,jeiam como lá", e tacou: "Vinicius de Moraes, a fera", apontando o 'Poe- tinha' como o autor dos versos. Aquilo foi motivo de gargalhadas! Chamei-oàparte eexpliquei que os versos por ele declamados eram da 'Canção do Exílio', poesia antológica de autoria de Gonçalves Dias, saudoso conterrâneo do próprio Samuel, maranhense. Samuca retornou para onde antes estivéramos; aturma ainda gargalhava pe- lo tal Vinicius de Moraes, a fera. Então, o colega resolveu mostrar erudição: "Falei brincando. Apoesia éCanção do Exílio, escrita por um conterrâneo meu". - Equem é o teu conterrâneo? Perguntou al- guém, aque de pronto Samuel respondeu: "Castro Alves". e A fraqueza do cora- ção humano é uma das maiores virtudes. Nela, o homem se derrete em favor do semelhante, renunciando a si mes- mo. O ideal seria que tal entrega, fraqueza e renúncia fossem cor- respondidas. • e DOIS Quem tem o coração fra- co, emocional, espiritual eafe- tivamente, para os corações duros é tido como babaca, zé mané, otário, etc.. Pela alegria e leveza que o dono do cora- ção fraco experimenta, o de coração duro é quem acaba sendo tudo aquilo, porque des- tila raiva, vingança, ódio.• Revista DIÁRIO - Edição29 - 52 Temgente pra tudo O ser humano écapaz de tudo. O im- perador indiano Shah Jahan gastou soma incalculável para construir Taj Mahal em homenagem auma das suas esposas. Lula se dizia o homem mais honesto do Brasil, hoje está na cadeia. O 'Elogio da Loucura', deErasmo de Rotterdam, mostramuito bem do quanto ahumanidade écapaz. Conto o caso de alguém que não homenageia mais os seus mortos nos cemitérios porque can- sou de levar ~ores evelas - quando vira as costas, levam tudopra colocar em outras se- pulturas. Há ocaso em que foi erigida bo- nita cruz no túmulo do chefede uma família na véspera do Dia de Finados. Nadata se- guinte, quando familiaresforam ao cemité- rio, acruz linha sumido - no lugar dela, uma outra, de madeira ordinária, com a haste eatravessa seguras por um nó de ca- darço de sapato. Eu, heim! e média de idade da população ~rasileira resceu mwto nos últimos anos. Dados do IBGE mostram que, em 1980, acada cem brasileiros, seis tinham mais de 60 anos. Hoje, saltou para 14 acada cem. Além do impacto econômico do envelhecimento da população no sistema previdenciário, cresce também aimportância de se investir em saúde eassistência médica a favor desta gente. • e TRÊS ... E tudo isso não pas- sa para o coração fraco, pelo contrário, fica ainda mais entranhado no de co- ração duro. Por isso é que sou passivo. Prefiro aceitar tudo como vontade de Deus, do que fazer da mi- nha vontade uma soberana que logo perecerá. •
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