Revista Diário - 29ª Edição

Davi Alcolumbre quebra marcas no Congresso Nacional Amapaense eleito para presidir o Senado derruba 30 anos do PMDB no cargo, repõe DEM após 18 anos, é o primeiro nato do estado na função eomais novo presidente da Câmara Alta do país. Texto: Douglas Lima eleição de Davi Alcolumbre (DEM-AP) para a Presidência do Senado Federal deu fim à proeminência de 30 anos do MDB no cargo desde a redemocratização do Brasil, em 1985. Fora o Movimento Democrático Bra- sileiro, que antes teve a sigla PMDB, apenas o Democratas, mas ainda com a legenda PFL, ascendeu à posição maior do Poder Le- gislativo do país, de 1997 a 2001. Assim sendo, o DEM volta ao poder na Câmara Alta após 18 anos. O senador Davi Alcolumbre também marca um fato inédito na política brasileira de mandatos: pela primeira vez um amapaense nato consegue a autoridade máxima do Congresso Nacional. Durante quatro legislaturas o estado ostentou a distinção de ter represen- tante no assento princi- pal da Presidência do Senado, José Sarney, de origem mara- nhense. O dirigente do Senado é o ter- ceiro brasileiro na linha sucessó- ria do Presidente da República, atrás do Vice pre- sidente e do presi- dente da Câmara dos Deputados. Outra marca imposta pelo amapaense é que ele é o senador mais novo eleito para o cargo de presidente do Senado, nas últimas déca- das. Em 1971, Petrônio Portela assumiu seu primeiro mandato como presidente do Senado com 45 anos. Desde então, todos os presidentes eleitos da Casa já ti- nham mais de 49 anos completos quando assumiram o cargo. Na sessão solene de abertura do Ano Legislativo, a tônica do discurso do presidente do Congresso Nacional foi a defesa de aprovação de reformas, entre elas a da Previdência, e destacar a renovação imposta pelas urnas que, segundo ele, gera a necessidade de uma nova pos- tura dos seus representantes e da maior participação po- pular no processo legislativo. Davi Alcolumbre disse que a participação da popu- lação é essencial para a aprovação das reformas neces- sárias para o país. Para o senador, a reforma da Previdência seria vital para o equilíbrio e sustentabili- dade das finanças públicas das unidades federadas. Ele também citou as reformas tributária, administrativa e a do pacto federativo. O presidente destacou, também, o fim de "práticas impositivas" e de pautas distanciadas da realidade, além de fechamento do espaço para antagonismos entre os poderes. Davi ressaltou, ainda, que apesar de ansioso e preocupado, é movido pela esperança trazida por maté- rias de interesse do Brasil, não só as apresentadas por parlamentares, mas também as enviadas pelos outros poderes, como é o caso das proposições do Executivo. Revista DIÁRIO - Edição 29 - 18

RkJQdWJsaXNoZXIy NDAzNzc=