Revista Diário - 29ª Edição

que o ministro da economia, Paulo Guedes, vai fazer cor- tes no Sistema S, justamente quando estamos saindo da crise. Tem muito olho gordo no nosso Sistema. Acredito que o ministro vai aos poucos entender que os cortes podem ser menores. Mas se assim não for teremos que nos reinventar, lançar mão da tecnologia para trabalhar- mos bem com a mesma quantidade, tendo menos recur- sos. Diário - Até que nível o Sebrae atua com transpa- rência? Iraçu - No que é do meu conhecimento, o Sebrae é bem provido de competentes assessorias profissionais. Somos submetidos a um imenso controle de contadores, administradores e a auditorias interna e externa, até chegar no órgão controlador maior, que é o Tribunal de Contas da União. Isso nos dá a distinção de nesses 20 anos não termos tido nada chamuscado por conta de algum evento mal conduzido. Esse mérito é para todos do Sebrae, uma casa que tem uma cultura de transparên- cia. Diário - A sua instituição orienta o microem- preendedorismo sobre como se desenvolver. Claro que isso não é suficiente para o setor. No Amapá, par- ticularmente, como os micro e pequenos empresá- rios se viram em termos de incentivos financeiro e fiscal? Iraçu - Ainda há, hoje, uma interpretação errônea sobre a função do Sebrae. Somos uma instituição que en- sina o pequeno empreendedor a chegar ao Banco do Bra- sil, Caixa e ao Basa, as principais instituições de financiamento com competência para liberar recursos ou não. Então, o Seabre cumpre a sua parte de facilitar o acesso aos programas com a finalidade de liberar recur- sos para empreendimentos . Mas acredito que há uma certa dificuldade para o pequeno conseguir financia- mento, e isso é normal, porque o banco não empresta se não tiver uma garantia. Diário - A parceria com o governo do estado é pra valer, mesmo, ou há senões nesta relação? Iraçu - Mesmo considerando que integramos um sis- tema nacional com sede em Brasília, o governo do estado do Amapá é o nosso principal parceiro, aqui. Dividimos o ônus e o bônus. Isso sempre tem sido feito. Diário - Qual a expectativa do Sebrae-Amapá sobre o novo vice governador do estado ser alguém do seio do empreendedorismo? Iraçu -A expectativa é muito boa. Jaime Nunes, inde- pendente de hoje ser vice governador, é um parceiro da casa. Ele tem trânsito no meio empresarial, nos vários níveis. Jaime tem grande capacidade de planejar e exe- cutar. Tudo que ele faz é bem feito, e chega neste mo- mento ao governo do estado, para somar. É muito propalado que no Amapá estão juntando os 27 anos de vida empresarial do Jaime Nunes com os 27 anos de Wal- dez Góes na vida pública. Isto vai dar um caldo muito bom. Diário - Qual a visão do Sebrae a respeito do de- senvolvimento sustentável? Iraçu - Não podemos cultivar o discurso que somos o estado mais preservado do país. Não adianta isso com o povo pobre. Devemos saber aplicar essas regras, mas colocando o desenvolvimento a serviço do cidadão. De- vemos preservar, mas aproveitar a riqueza que temos com responsabilidade. Não vejo sentido Deus criar o mundo para o homem usufruir e não podermos desfru- tar das nossas riquezas naturais. Diário - Neste primeiro ano de sua gestão, que está apenas iniciando, qual é ou será a marca de Iraçu Colares à frente do Sebrae no estado ama- paense? Iraçu - Dar continuidade ao processo de condução do trabalho com a transparência que já vem sendo feita. Não existe inovação. Não vou fazer derivações. Estamos disponíveis para conversar, principalmente ouvindo. Revista DIÁRIO- Edição29 - 15

RkJQdWJsaXNoZXIy NDAzNzc=