Revista Diário - 29ª Edição
Amapá Jovem e para o programa Luz para Viver Melhor. Diário - Osenhor vai cumprir o seu quarto man- dato de olho também no Senado da República? Waldez - Não. Estamos focados, agora, no compro- misso assumido com a sociedade de cumprir as agendas de campanha que eu defendi. Ainda vêm as eleições mu- nicipais; depois, as eleições gerais. Diário - Já tem o seu queridinho para a Prefei- tura de Macapá? Waldez - Não. Ainda não é tempo de antecipar novas pretensões políticas. Ainda estou começando um novo mandato, e o nosso compromisso agora é respon- der à sociedade a confiança que me depositou, o que me deixa muito feliz e agradecido, não só à sociedade, re- pito, mas também a Deus. Diário - Quantas obras ficaram paradas nesses seus 3 governos? Waldez - Acho que tem a do canal da Mendonça Jú- nior e o píer do Santa Inês. Acho que a gente conclui o muro de arrimo do Aturiá, só que tem uma etapa se- guinte, que é a conclusão do conjunto habitacional da Vila dos Oliveiras, nas Pedrinhas, para poder fazer a ur- banização do bairro. Já conseguimos retomar os Congós. Diário - Qual o problema no píer do Santa Inês? Waldez - Ainda tem um problema técpico com a execução da obra feita no governo passado. E que houve uma perícia que identificou problemas, e agora, para re- licitar a obra, tivemos que mexer no projeto, porque tem que se fazer uma correção. Diário - Qual a sua expectativa com relação ao governo Bolsonaro? Waldez - Não dá ainda para sinalizar como vai ser. Eu tenho dito que é preciso que se dê, agora, um tempo aos brasileiros, ao Brasil, ao trabalhador, ao gerador de emprego, aos pobres, aos jovens, porque esta agenda do povo brasileiro, nesses quatro anos, ficou debaixo do ta- pete. Não se discutiu; foi só crise. Então eu quero acre- ditar neste tipo de futuro. Espero que o Presidente tenha sabedoria nesse sentido, dialogue bastante com os diferentes. Nós vivemos num país de uma diversi- dade política, cultural e partidária muito grande. É pre- ciso dialogar com os diferentes. Dialogar com as regiões diferentes. Por exemplo, aqui na região Norte nós temos a cultura do Forum de Governadores, uma agenda que nos interessa discutir com o governo central. Então, nós não vamos aceitar que o governo federal diga o que é bom para a Amazônia, quando nós entendemos aqui o que é bom para a região. A expectativa é de que o país tenha um avanço econômico, nas relações, e se assim não for seria um preço muito alto para o povo já ter pago quatro anos de desencontros e ainda pagar mais quatro. Diário - Problema dos consignados, governador... Waldez - A gente tem sempre uma empreitada muito grande, neste assunto, mas estamos cumprindo dentro da legislação. Diário - O Amapá perdeu aquela importância que sempre teve no comparativo que se fazia com Rondônia, Roraima e Acre, que hoje revelam índices de qualidade de vida bem melhores do que os nos- sos. Por quê? Waldez - OAmapá teve problemas de investimen- tos, mesmo. Nesses quatro anos, sobretudo, poucos investimentos foram conseguidos na velocidade que se poderia ter mobilizado. Agora, outra coisa: as me- dições desses índices não alcançaram informações que o Amapá já term. Por exemplo: as estradas asfal- tadas, a ligação ao sistema nacional de energia. Na hora em que forem medidas essas informações que o Amapá já tem com certeza esses índices mudam para melhor. Diário - Osenhor é o único governador eleito do PDT, e o seu partido já anuncia que vai ser oposição ao governo Bolsonaro. O senhor não teme que isso possa prejudicar o Amapá, que é um estado pe- queno? Waldez - Não tenho esta preocupação. O PDT vai tomar uma posição nacional, certamente. Isso leva muito em conta a posição no parlamento, nessa agenda toda que entra em debate, mas temos uma posição no estado. Eu mesmo sempre defendi isso. Eu estava pre- parado, como estou, fosse para a vitória do Bolsonaro ou do Haddad, porque sou de diálogo, tanto é que hoje tenho alinhados, nesta relação, sete deputados federais e os três senadores, e é com eles que vamos dialogar com o governo federal. Eu vou sempre me apresentar na relação com os ministérios e com o governo federal, republicanamente, na defesa do que temos dire ito. O que for direito do Amapá, e em alguns casos com a Ama- zônia, junto com os governadores da região, eu farei com toda a força que puder, respeitando as relações de diálogo, mas não vou abrir mão dos direitos do povo amapaense. Diário - Por que 7 deputados federais, se a ban- cada amapaense é composta por oito? Waldez - Porque não falei ainda com o deputado Ca- milo Capiberibe, do PSB, mas vou conversar. Não tenho nenhum problema de dialogar com todos da bancada fe- deral. Eu estou cada vez mais disposto a fortalecer a de- mocracia, o trabalhismo e os direitos humanos. Então, não vou abrir mão dessas agendas, porque é um con- teúdo programático, histórico, do meu partido e da minha história de vida. Revista DIÁRIO - Edição 29 - 11
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