Revista Diário - 27ª Edição
Comportamento "Filhos... Filhos? Melhor não tê-los! Mas se não os temos Como sabê-los?". Vinicius de Moraes vida moderna, diferentemente da vida antiga, xige muito de todo mundo. Sucesso profissio- al, um corpo bem trabalhado, uma família, uma casa, enfim. Muitos casais, casam, mas demoram a ter filhos, ou simplesmente optam em não ter. Eas- sim, passam muito tempo, só os dois. Viajam, nos fins de semana acordam a hora que querem, não precisam cozinhar, ou simplesmente comem o que quiser. Pois é, a rotina vai indo, até que um terceiro chega na rela- ção, o filho. Eagora? Vamos ter que nos reorganizar a uma vida a três. Eassim, se não tiver uma conscienti- zação de que vai ser preciso modificar a rotina, numa vida que até então era só do casal, as coisas podem de- sandar. É preciso saber que as coisas vão precisar se reor- ganizarem mesmo. Não se pode mais acordar a hora que quiser, precisa providenciar comida para o peque- no, que ainda não come qualquer coisa. Muitas via- gens não poderão ser feitas a qualquer hora e muitas outras coisas. É por isso que o casal precisa estar em sintonia, para que não haja conflitos desnecessários no âmbito familiar. Muitas queixas como eu tenho meu futebol, não posso deixar de ir, ela não compreen- de. Eu preciso ir ao salão, mas ele acha que é supérfluo, e que eu posso passar sem. Só eu que acordo à noite, não aguento mais. Enfim, são muitas queixas que che- gam ao consultório acerca dessa dificuldade que mui- tos casais enfrentam. E nas discussões como: Quanto tempo você tem gasto no banho? Por que você tem uma hora para fazer exercícios e eu não tenho tempo? São algumas perguntas que o casal pode fazer um ao outro, que quando não se é pai, não se discute por isso, mas quando as crianças já fazem parte da vida, então pode se converter em toda uma competição. Isso tudo pode ser evitado, ou minimizado, desde que haja com- preensão de ambas as partes. O ideal é repartir o tra- balho de casa e o cuidado das crianças por igual para poder ter tempo para si mesmo a cada dia, ainda que ClaudlaOliveira Psicóloga clínica - CRP 10-3480 Um terceiro na relação seja pouco e sem pensar em competição. Quando se trata do lar pode ser que cause proble- mas nos casais. Está claro que a responsabilidade é de ambos igualmente, mas o que pode acontecer quando você passa o dia todo trabalhando e ao chegar em casa tem que cuidar das crianças? Oque importa é ter pre- sente uma boa organização de limpeza e cuidado das crianças, repartirem o trabalho de forma equitativa para evitar brigas e sentimentos negativos. Outro ponto importante, também, é com relação ao lazer das crianças, tarefas escolares, reuniões de pais e mestres, plantões pedagógicos. Evidentemente que existem situações adversas em que os dois não podem comparecer, mas é muito importante que os dois façam juntos. É uma oportunidade da família con- viver. E muitas vezes o cansaço, a preguiça, o como- dismo, acabam fazendo com que a família não atente para isso. Claro que algumas situações podem exigir mais da figura paterna ou da figura materna, mas é importante que ambos estejam antenados com isso. Por exemplo, muitos pais são mais habilidosos com o futebol, favorecendo assim jogar com o filho. Em ou- tros casos as mães possuem facilidade de ensinar uma tarefa de matemática, por exemplo, sendo natural que ela assuma tal situação. Dessa forma, é mais fácil, que a harmonia aconteça mais facilmente no ambiente fa- miliar. Apesar das inseguranças, medos, modificações que vão acontecer, o nascimento de um filho é um marco único na vida de uma pessoa. Aceitar e traba- lhar as mudanças, dividir as responsabilidades, o tem- po e afazeres vão favorecer aos novos pais apreciar a experiência e fazer dela uma oportunidade maravi- lhosa. Além do que tudo é uma questão de tempo. Logo eles crescem, outras situações aparecerão, é claro, mas tudo poderá ser conduzido, desde que haja diálogo e acordo para que seja da melhor maneira possível. Consultório Psiqué -Avenida FAB, 1070 - Sala 306 - Edifício Macapá Office - 98127-0195 Revista DIÁRIO - Edição 27 - 05
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