Revista Diário - 27ª Edição
Como o transporte cobrado normalmente é da ordem de 5% do valor da nota, os proprietários das empresas de navegação receberam 900 mil reais no ano referente somente ao transporte de arroz. Teoricamente, eles te- riam de pagar cerca de 5% de imposto Sobre Serviço (ISS) à Prefeitura, isto é, R$ 45 mil. Ao chegar em Macapá, esse arroz é comercializado no mercado pelos supermercados com um valor médio que girou em torno de R$ 2,50. Com isso, essas 18 mil toneladas proporcionam na comercialização ao público 45 milhões de reais no ano, e o governo de estado, teori- camente, recolheu 3,6 milhões de reais de ICMS, isso le- vando em consideração a tributação do arroz, que era de 8%. Como vimos, os empresários que prestam serviço de transporte estão ganhando 900 mil reais pelo serviço prestado corretamente somente com o arroz. A prefei- tura, teoricamente, recolheu 45 mil reais referentes aos 5% das notas fiscais de transporte, e o governo do estado recolheu no mínimo 3,6 milhões de reais de ICMS, e nós, a população, pagando o quilo do arroz em média abaixo de R$ 3. Assim, todos estão ganhando e há pessoas que não querem mexer nesse jogo. Lembrando que esses cálculos foram somente para o arroz. Nessa situação ainda temos feijão, batata, açúcar, óleo, etc.. Para produzirmos aqui, inicialmente os governos precisariam abrir mão desse tributo pelo menos por algum tempo para incentivar os produtores. Assim não haveria mais necessidade de transporte via fluvial Belém-Macapá desses produtos agrícolas, em contrapar- tida poderia criar problemas para essas empresas já es- tabilizadas no ramo do transporte fluvial. (*) As informações e os dados da parte inicial desta matéria foram baseados em texto que li há algum tempo; não lembro o autor ou autora. Revista DIÁRIO - Edição27 - 47
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