Revista Diário - 18ª Edição

ntigamente as pessoas chega- vam até a dizer que ser juiz era como ‘ser Deus’, tamanha a importância do cargo, como tam- bém o distanciamento deles das chamadas pessoas comuns. Mas isso felizmente mudou e a Justiça passou a preconizar a conciliação e a aproximação das pessoas. O Judi- ciário do Amapá possui trabalho de vanguarda nesse sentido, com inú- meros personagens que incorpora- ram muito bem esse novo perϐil, como os juízes Marconi Pimenta, Elayne Cantuária, Décio Ruϐino e a hoje desembargadora Sueli Pini. Mas na esfera da Justiça Federal, o juiz João Bosco Costa Soares é hour concour , com seu despojamento e pragmatismo, fazendo com que suas decisões tenham alcance so- cial. Ele é natural de Cuiabá, noMato Grosso, estado onde buscou tam- bém formação acadêmica e iniciou uma promissora carreira jurídica. Desde que foi transferido para o Amapá, logo chamou a atenção por seu perϐil diferente, que o faz estar sempre presente nas grandes dis- cussões que dizem respeito à cida- dania, emquepese oprincípio legal de que a Justiça só deve agir quando provocada. Foi assim que João Bosco liderou movimentos pela paz no trânsito, pela ação de garimpos, de assentados rurais e, mais recentemente, na defesa de que a ocupação da área do entorno do Aeroporto Internacional de Ma- capá seja feita de maneira organi- zada e planejada. Quase uma unanimidade, também provocou inimizades, que ele atribui simples- mente por ser “incompreendido”. Omagistrado costuma realizar diligências pessoalmente até às lo- cações das partes do litígio, como áreas de invasão, reservas naturais, comunidades sobre pontes, assen- tamentos e atémesmo os gabinetes das autoridades locais e nacionais.

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