Revista Diário - 18ª Edição
C om Michel Temer já na condição de Presidente de fato e de direito da Re- pública Federativa do Brasil, chegou ao fimo domínio do Partido dos Trabalhadores que, a partir de 2003, assumira a Presidência do nosso país com a falsa promessa do seu ‘carro chefe’, Luiz Inácio Lula da Silva, de promover o desenvolvimento nacional, a har- monia e o bem-estar da família brasileira. De início, o povo acreditou que aquele ope- rário eleitoPresidente daRepública surgira para conduzir oBrasil rumo ao horizonte promissor, e deveria passar para a história, equiparando- se aos grandes vultos da política que exerceram o alto cargo de Presidente e deixaramo registro de um legado que orgulha a Nação. Longe de admitir que o único projeto do PT, em curso, consistia no domínio absoluto do poder, o povo brasileiro elegeu Dilma Rousseff com a esperança de que a primeira mulher Presidente da República assumisse o compromisso de introduzir mudanças capazes de corrigir discrepâncias deixadas pelo seu an- tecessor. Puro engano, pois, o que aconteceu, na realidade, foi o desmantelo da máquina pú- blica, resultante de um esquema de corrupção envolvendo figuras importantes da política com a finalidade de fortalecer financeiramen- te o Partido dosTrabalhadores e garantir a ree- leição de Dilma Rousseff. Como surgimento da força tarefaLava Ja- to, veio à tona o rumoroso escândalo da Pe- trobras, que serviu como ponta do iceberg pa- ra desvendar outros escândalos com o indi- ciamento e prisões de políticos e empresários. O avanço das investigações chegou ao Palá- cio do Planalto e concluiu pela existência de suspeitas que indicavam a participação do ‘carro chefe’no esquema de propinas em troca de apoio. O impeachment contra a presidente Dil- ma Rousseff, denunciada pela prática de cri- me de responsabilidade - pedaladas fiscais - e edição de decretos de abertura de crédito sem autorização do Congresso -, dava nova dimensão à crise política. De nada adianta- ram as argumentações da Presidente sobre a existência de um Golpe de Estado já que as instituições se mantinham firmes e funcionan- do em toda a sua plenitude.
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