Revista Diário - 17ª Edição

A partir do século XVII, no entanto, o sabor dos pratos passou a ser uma preocupação, sobretudo, nas garbosas festas de reis e rainhas. Catarina de Médici, por exemplo, educada na corte papal, importou para a França os cozinheiros que considerava os melhores. O vinho estava inserido nesse contexto, era a bebida que acompanhava os fartos e lautos festins da época. A evolução da culinária trouxe a exigência de que o que houvesse de melhor, em safras e produção, fosse reservada a nobreza, enquanto que o restante era direcionado aos súditos. O contexto histórico auxiliou a tornar o vinho um produto de luxo nos dias de hoje, e, principalmente, que possui uma certa áurea de pedância em quem os consome, o que acaba por afastar muita gente desse maravilhoso universo. Na verdade, assim como existiam os vinhos para os “mortais” daquele tempo, hoje podemos tomar o nosso vinho do dia a dia sem gastar uma exorbitância. A tecnologia enológica conseguiu atingir patamares elevados de qualidade, otimizando os recursos na condução das vinhas,mecanizando a produção com sofisticados aparelhos, de maneira a se obter um ótimo resultado final a um baixo custo. Além disso, a grande maioria das Revista DIÁRIO - Edição 17 - Ano 2016 - 40 Vinhos JoséBogéa Dr. JoséBogéa, advogado e enófilo - ntbog@uol.com.br Durantea IdadeMédia, receber era umaarte.Osbanquetes proporcionadospelanobreza eram marcadospelavariedadeequantidade depratos, pelabelezadeseusutensíliose os trajesdeseusparticipantes. Todaa atmosferadoseventoserammaisvoltadas àaparência, àpompavisual doqueera servido, doquecomogostodosalimentos. Omelhor vinho é aquele de que vocêgosta

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