Revista Diário - 17ª Edição
Revista DIÁRIO - Edição 17 - Ano 2016 - 21 ViverBem DoutorCláudioLeão, clínico geral Doutor Cláudio Leão, Clínico geral e coordenador da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Camilo. A s doenças cardiovasculares, doenças is‐ quêmicas do coração e cerebrovascula‐ res são as principais causas de mortes nas mulheres brasileiras. As doenças cerebro‐ vasculares predominam sobre as isquêmicas do coração, no país, enquanto nas regiões do Sul e Sudeste predominam as doenças isquê‐ micas do coração. Desde 1984 estamos observando uma constante redução da mortalidade pelas doenças cardiovasculares. A redução ocor‐ reu em ambos os sexos e foi mais intensa nos indivíduos idosos e nas regiões mais desen‐ volvidas do Brasil, Sul e Sudeste. Nas outras regiões não se observaram reduções signifi‐ cativas das doenças cardiovasculares ou, pe‐ lo contrário, tiveram discreto aumento da mortalidade. Análise recente de 3.736 pacientes porta‐ dores de doenças das válvulas cardíacas sub‐ metidos à coronariografia pré‐operatória mostrou prevalência das DVCs em 3,45% dos pacientes. A prevalência aumenta exponen‐ cialmente com idade e com fatores de riscos para doenças cardiovasculares, como hiper‐ tensão, diabetes, tabagismo e sedentarismo. A detecção precoce e prevenção da doença arterial coronariana significativa em mulhe‐ res assintomáticas podem contribuir de ma‐ neira decisiva na redução ainda maior que a observada nos eventos cardiovasculares. As doenças com maior prevalência nas mulheres brasileiras são o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral is‐ quêmico, e no Brasil estamos observando uma transição na mortalidade por essas doenças com aumento proporcionalmente maior das doenças isquêmicas do coração. A idade e o sexo masculino são variáveis, independentes de morte em pacientes com diagnóstico de angina de peito. A mortalidade por doenças isquêmicas do coração nos pa‐ cientes com angina estável é maior nas faixas etárias mais jovens. Nessas faixas, o prognós‐ tico é pior nas mulheres, pois morrem mais de DIC que os homens. A mortalidade entre homens e mulheres é semelhante somente após os 75 anos. O Brasil tem um longo caminho a percor‐ rer neste cenário e tem tudo pra melhorar a qualidade de vida e mortalidade nessas doen‐ ças que são verdadeiro flagelo no planeta. ● FLAGELO no planeta
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