Revista Diário - 17ª Edição
Revista DIÁRIO - Edição 17 - Ano 2016 - 15 SETOR AGRÍCOLA Cinquenta cooperativistas do estado, que reúnem quase seis mil trabalhadores das áreas do setor agrícola, e que exploram produtos do extrativismo para alimentos, cosméticos e outras aplicações, também deverão ser beneficiados pela Zona Franca Verde. De acordo com o presidente do Sistema Organização das Cooperativas Brasilei‐ ras (OCB) Amapá, Gilcimar Barros Pureza, as coo‐ perativas já estão se adequando para se enquadrar à ZFV. Para Pureza, a ZFV traz a oportunidade que o Amapá precisava. Ele acredita que, com esse conjun‐ to de incentivos e facilidades, tudo que sempre foi po‐ tencial deverá ser transformado em negócio. “Esses produtos não estarão mais apenas na mesa do ama‐ paense. Em um ano e meio teremos a possibilidade de fazer essas agroindústrias funcionarem, enquadradas na regulamentação da ZFV”, explica. Segundo o presidente da OCB, o Amapá já possui vantagem logística, pela posição geográfica, mas ain‐ da precisava de vantagens competitivas para produzir. “A aquisição de tecnologia é cara, mas com incentivos fiscais vamos ganhar fôlego e condições para em‐ preendermos. Temos muita gente no Amapá com von‐ tade de fazer negócio”, destacou. POSTURA O presidente da Agência Amapá, Eliezir Viterbino, diz que a melhor forma de recepcionar qualquer pro‐ jeto é com incentivos locais. “A partir de agora estamos recadastrando e procurando os empreendimentos locais que possam ser inseridos na ZFV. Ao mesmo tempo, estamos re‐ cepcionando as empresas de fora e também buscando incentivos externos. Precisamos de recursos para investir em novos polos industriais, de modo a urbanizá‐los industrialmente”, comenta. O governador Waldez Góes destaca que este é um momento de pactuar novos desafios. “O Amapá sempre foi um dos grandes exportadores de matéria prima. Esse novo modelo vai nos permitir verticalizar, agregar valor, gerar emprego e renda”, adianta. Para garantir o pleno desenvolvimento e funcionamento das indústrias da ZFV, o governo do estado do Amapá investirá em energia elétrica, comunicação e malha rodoviária, além da in‐ fra‐estrutura portuária. Em relação aos critérios acerca da metodologia da predominância da matéria prima pa‐ ra fins de enquadramento das empresas com o perfil da ZFV, foi regulamentado pelo Conselho Administrativo da Suframa uma metodologia flexível e trâmite fácil. A pri‐ meira determinação diz respeito a 50% da matéria pri‐ ma regional na composição total do produto final. * Colaborou: Leidiane Lamarão. ● ● Para receber investidores habilitados aos incentivos da Zona Franca Verde do Amapá o GEA está preparando esta área em umnovo polo industrial em Santana. 50 cooperativas 6.000 trabalhadores podem ser beneficiados pela ZFV
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