Revista Diário - 16ª Edição - Junho 2016
I sso me fez lembrar do início dos anos 1970, quando estudava no então Ginásio Polivalente Tiradentes, lo‐ go depois da Reforma que implantou o ensino de 1º e 2° graus, quando eu e vários amigos, como Baldino (fa‐ lecido em acidente de carro em Belém), Daniel (falecido no novo Amapá), Frank, Nelson, Maurício Mescouto, Wank do Carmo, Silvandro, Palito, Kennedy Braga, Justo Barbosa, Raullyan e outras figuras, fomos designados para estudar Técnicas Agrícolas. O grande professor Jerônimo (última vez que manti‐ ve contato, estava na Secretária de Agricultura), era o nosso mestre e certo dia chegou à sala juntamente com o diretor/professor, Leonil Amanajás, e nos informou que além da horta iríamos executar um projeto de avi‐ cultura, e de imediato passamos a ter aulas teóricas. Dentro de 15 dias o aviário estava pronto para a prá‐ tica. Lembro‐me que criamos as aves dentro das melho‐ res técnicas disponíveis na época. Tivemos ração da me‐ lhor qualidade à disposição, vacinas e orientação para a condução do plantel que, em minha opinião, era a me‐ lhor avicultura do Amapá no então território federal. Dentro de 120 dias as aves alcançaram o peso ideal de abate: três quilos. Ao sair do Tiradentes observei que a avicultura, por aqui, era forte. Abastecia o mercado consumidor com frango de qualidade e quantidade ne‐ cessárias, a preço compatível com o custo de produção, e principalmente para o poder aquisitivo da população. Esse cenário deve ter permanecido até o início dos anos 1990, pois o Censo Agropecuário realizado pelo IB‐ GE, em 1996, detectou que o segmento estava em plena decadência, com redução brusca de estabelecimentos avícolas em relação às duas déca‐ das anteriores. Ao estudarmos o problema verificamos que o aumento da po‐ pulação acima do normal (imigra‐ ção) nos primeiros cinco anos da década de 90 fez com que a de‐ manda sofresse um aumento con‐ siderável. E o crescimento da avi‐ cultura amapaense não acompa‐ nhou o ‘desenvolvimento’ devido aos altos custos da ração, vacina, pinto de um dia e insumos que até hoje ainda não são produzidos por aqui. ● Texto: Raul Tabajara Economia Frangos e frangas A criação de pequenos animais para alimentação deve ter sido uma das primeiras atividades dos seres humanos quando deixaramde ser nômades para se estabelecer emum lugar definitivo. A galinha, juntamente como galo preferido, devem ter sido os primeiros animais que os homens emulheres dominaram, e comcerteza o saboreavamsemse interessar por saberemquemnasceu primeiro. Revista DIÁRIO - Junho 2016 - 78
RkJQdWJsaXNoZXIy NDAzNzc=