Revista Diário - 16ª Edição - Junho 2016

O pensamento domenino era de ajudar suamãe que não tinha hora para parar de trabalhar. Sua pri‐ meira experiência com o trabalho foi de entrega‐ dor demarmita, aos 6 anos na cidade de Crixás/GO. Tam‐ bém trabalhou de guieiro de bois, trabalho este que con‐ sistia em auxiliar a puxar o carro de três juntas de bois. Também exerceu demais atividades como engraxate, vendedor de laranja, carregador demalas na rodoviária, lavador de veículos, dentre outros. A caminhada embusca da prosperidade, procurando por melhores condições de vida continuava. Passaram pelas cidades de Rubiatava, Goiânia e Corumbá de Goiás, sempre ao lado de suamãe, que estava decidida a encon‐ trar mais trabalho para terem uma existência melhor. Em Brasília, no mês de setembro de 1964, conheceu Adolfo Fernandes, que se tornou umgrande amigo e um parceiro decisivo na transformação da sua vida, pois já estava a vagar pelas ruas, doente, dormindo entre as cai‐ xas de lixo com companhias nada agradáveis e a mercê da violência. E foi este amigo, Adolfo Fernandes, umser‐ ventuário da Justiça doDF, certamente enviado como um “anjo da guarda”, que mudou o destino de José Ribeiro. Com sua valorosa ajuda, pôde começar a dar uma dire‐ ção sólida aos estudos, na Escola Classe 405 Norte, Asa Norte da cidade. Com firme vontade de superação e de vencer na vida, persistiu nos estudos e assim, nos anos de 65 a 67 con‐ cluiu o ensino fundamental. Percebeu que a vida estava proporcionando uma oportunidade de dias melhores para conquistar um futuro promissor através dos estu‐ dos. No Colégio Asa Norte, estudou da 5ª à 8ª séries em apenas 2 anos. Foi um aluno aplicado e esforçado. Con‐ cluiu o ensino médio depois de fazer Exame de Massa, em 1978. O advento e a relação de José Ribeiro com a Justiça começou quando o amigo Adolfo Fernandes, serventuá‐ rio do Cartório da Justiça doDistrito Federal e Territórios (TJDFT), o indicou para exercer a função de office‐boy na Vara de Fazenda Pública do DF, seguindo as instru‐ ções do escrivão Geraldo de Araújo Braga, responsável pelo cartório. Após dois anos de intensa dedicação ao trabalho, conseguiu ser promovido para auxiliar de es‐ crevente. Seu compromisso com o trabalho era de cha‐ mar atenção. Estava disposto a demonstrar que era ca‐ paz de todos os desafios. Depois de dois anos conseguiu galgar mais um degrau profissional, sendo promovido ao cargo de escrevente. A sorte estava decidida a dar uma forcinha, um em‐ purrão na vida de Zé Ribeiro. O jovem recebeu a infor‐ mação de que seria contratado para assumir o cargo de escrevente juramentado, uma função de grande res‐ ponsabilidade em que substituía o escrivão do cartó‐ rio, prestando contas dos serviços à Corregedoria da Justiça. ● no dia 8 de dezembro de 1954 na pequena cidade de Pão de Açúcar, no sertão de Alagoas. É um dos cinco filhos do casal Amaro Ribeiro de Oliveira e Carmelita Alves Tavares. Pai de quatro filhos, sendo três do primeiro casamento: Christianne Xavier de Oliveira, Danielle Xavier Ribeiro de Oliveira, José Ribeiro de Oliveira Júnior e Mirleine Tavares Ribeiro, a caçula, fruto de sua união com Gislene Tavares Ribeiro. Revista DIÁRIO - Junho 2016 - 57

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