Revista Diário - 15ª Edição - Abril 2016
Revista DIÁRIO - Abril 2016 - 18 O saudoso jornalista Carlos Bezerra costumava dizer que Jorge Wagner Costa Gomes é um ama‐ paense que por mero acaso nasceu em Cametá, no Pará. Se o acaso fez o doutor Wagner vir ao mundo no vizinho estado, foi o esforço e a perspicácia dele que o fez ser conhecido em todo o Brasil e privar da amizade íntima do ex presidente Luís Inácio Lula da Silva e do expressivo ministro da justiça Márcio Thomaz Bastos (in me‐ moriam). Como foi o paulista Márcio Bas‐ tos, o amapaense Wagner Gomes é advogado criminalista, um dos mais atuantes e requisitados do estado do Amapá. Os julgamen‐ tos do Tribunal do Júri de que ele tem participado, na defesa ou acusação, chegam a centenas. São poucas as vezes em que o Conselho de Sentença não se convence pela te‐ se defendida pelo causídico. Um dos julgamentos mais memoráveis da história do Tribunal do Júri amapaense ocor‐ reu no município fronteiriço de Oiapoque. Foi o caso de um dos homicídios coletivos mais escabrosos já ocorridos, talvez no mundo: a carnificina cometida contra cinco membros da família Magave, no sítio Campo Alegre, município de Ama‐ pá, em 1994. Detalhe marcado ainda hoje na memória dos que acompanharam a mortandade foi que a senhora Nadir Magave, de 92 anos de idade, quase ce‐ ga e com dificuldade de se movimentar, depois de morta ainda teve o crânio esmaga‐ do por uma marreta. Outras cenas hediondas do crime também foram lembradas durante o julgamen‐ to, desmembrado em três numa estratégia da Justiça para evitar maiores acirramentos dos ânimos na cida‐ de de Oiapoque, para onde a decisão foi levada. ● OAmapá temumadvogado conhecido no Brasil todo pela competência comque exerce a profissão, sempre buscando a defesa dosmenos favorecidos, o exercício pleno da democracia e a aplicação da justiça combase na ciência do direito, acima de tudo respeitando os ritos processuais e constitucionais. Texto: Douglas Lima Wagner Gomes Personalidade São poucas as vezes emque o Conselho de Sentença não se convence pela tese defendida pelo causídico.
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