Revista Diário - 13ª Edição - Fevereiro 2016
os loteamentos. Essa é uma política, quando incentivamos e induz o setor privado a atuar numa área. A outra é construir habitação. Eu vou ser, até neste ano, por exemplo, eu sou o prefeito que mais construiu habitação no município de Macapá. Nós pegamos o Residencial Mestre Oscar Santos, que seria um candidato à obra parada, como tem lá no Congós e nas Pedrinhas, e nós conseguimos concluir e entregar 528 unidades. Nós estamos com o São José pronto pra entregar. Se Deus quiser vamos entregar 1.440 unidades, dia 19 de março, e já estamos com 50%do Residencial JardimAçucena commais 1.500 unidades. Nós estamos falando, aí, de 3.500 unidades habitacionais. Ninguém construiu tantas unidades. Ainda estamos distantes de combater plenamente isso? Estamos, porque ainda há uma taxa alta de migração, de crescimento populacional, e a nossa cidade vem sofrendo com esse problema. Diário – Macapá está preparada para, política e tecnicamente, enfrentar uma conurbação com Santana e Mazagão? Prefeito Clécio – Não, não está, e deveria ter se preparado nesses últimos 20 anos, mas não se preparou. O que estamos fazendo pra preparar a nossa cidade para juntar com Santana, e com a ponte, e futuramente com Mazagão. Estamos preparando aqueles planos complementares que são fundamentais pra isso. Por exemplo, o nosso Plano Diretor de Mobilidade, que era para ter sido o primeiro plano a ser feito, depois do Plano Diretor de Macapá, há dez anos. Então, estamos na fase de conclusão do Plano Municipal de Mobilidade. Depois, o Plano Municipal de Saneamento, porque é fundamental. Ter uma cidade pequena, usando fossas cépticas ou fossas negras, aguenta‐se até determinado momento. Uma cidade commeio milhão de habitantes, como é Macapá, com uma cobertura de 3%de saneamento básico, é um absurdo. E não se tem nem o saneamento em si, e muito menos o planejamento para isso. Estamos preparando a cidade com um novo sistema viário com troncos para fazer a comunicação, inclusive com a JK e a Duca Serra, que são as duas rodovias estaduais que ligam a esses municípios. Estamos tendo muito cuidado na liberação desses lotes porque isso vai ajudar nesta conurbação responsável. Diário – O sonho que o senhor tinha de governar Macapá, tornou-se realidade. Essa realidade tem sido cruel, ou não? Prefeito Clécio – Eu não diria cruel, mas ela é uma realidade muito espinhosa, em virtude da condição em que deixaram a máquina pública, quando eu herdei, deplorável, inadimplente, sem crédito, com todas as dificuldades, uma dívida de 243 milhões de reais. Depois, a realidade do município, porque a máquina até se recupera, num prazo mais curto, mas o município em si, a casa em si, não. A gestão da casa tinha muitos problemas, uma realidade muito dura. Posteriormente, a casa em si, muito deteriorada, as ruas principalmente. Colocaram‐ nos à prova, mas além de nos ter colocado à prova, é desafiador. Cuidar da minha própria casa, nesse sentido de nossa cidade. Ser o prefeito da minha casa, da minha cidade, dos meus amigos, do meu povo, isso é desafiador. Eu sei que isso não se faz em um dia, não se faz numa única gestão, mas as bases são colocadas, porque há projetos que mesmo sabendo que não vou executar agora, mas ficarão, porque estamos pensando a cidade Revista DIÁRIO - Fevereiro 2016 - 55
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