Revista Diário - 13ª Edição - Fevereiro 2016
estados, com os outros municípios. E nós tratamos essas referências cada vez mais com a importância que elas merecem, tanto é que estamos valorizando todas elas: o entorno da Fortaleza, a nossa orla do rio Amazonas, o Mercado Central, a referência desse endereço poético que é a Linha do Equador cruzando com o rio Amazonas. Isso, além de elevar a autoestima da nossa população, o que é muito importante, pra dizer que a nossa casa é bonita, também atrai os olhares de todo o mundo. Nós vamos ter, daqui a um tempo, essa ligação com a Guiana Francesa definitivamente aberta, através da ponte. A ponte simboliza essa união. Nós estamos preparando Macapá, pra isso. Eles nos veem como uma porta para ummercado, um universo continental do tamanho da América do Sul. Nós precisamos ver essa porta, também da mesma forma, e então nos preparar e, no melhor sentido da palavra, vender essas referências históricas, culturais, paisagísticas e naturais que nós temos. Diário – O senhor é prefeito não só da cidade de Macapá, mas tambémdomunicípio homônimo. Que atenção a sua administração temdado aos distritos macapaenses? Prefeito Clécio – Esse é um grande desafio, o de administrar ummunicípio extenso, como é o caso de Macapá. Macapá é ummunicípio extenso, territorialmente, que tem a população concentrada 95% na sede, mas os outros 5% são tão macapaenses e têm os mesmos direitos daqueles que moram aqui. Então, esse desafio nós temos enfrentado. Estamos levando para o Bailique serviços do município que antes não existiam. A primeira UBS que construímos, foi no Bailique. O arquipélago, que não tinha nenhummédico, agora tem cinco do Programa Mais Médicos; as duas escolas que construímos, estão no Bailique. É a forma de aproximar ou compensar essa distância e a falta desses serviços que historicamente são ausentes no Bailique, Pacuí, Maruanum, na região da Pedreira, na região dos Bois, enfim, nos distritos do município de Macapá. Além de compensar isso, é a forma mais inteligente de manter essa população especialmente produzindo, já que é tão pouco o número de pessoas nos distritos. Nós não tínhamos, quando assumi, nenhuma política para o meio rural, hoje, por exemplo, temos cinco patrulhas mecanizadas, que só no ano passado prepararam a terra de trezentas pequenas unidades de agricultura familiar. Então, é uma forma de, além de compensar essa ausência de serviços, de manter essa população onde ele se encontra, preservando a nossa área rural, o interior do nosso município. Diário – Há uma grita de que a cultura domunicípio não é tratada a contento pelo Poder Público. O senhor reconhece essa deficiência? Prefeito Clécio – Acho que sempre podemos fazer mais, e a nossa cultura é tão rica, que se quiséssemos, trabalharíamos, só para valorizar isso, mas nesse aspecto acho que já temos muita coisa pra prestar contas. Vou dar um exemplo, aqui: a recuperação do sentido histórico e cultural da vila da Fazendinha, que hoje é um distrito; Revista DIÁRIO - Fevereiro 2016 - 53
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