Revista Diário - 13ª Edição - Fevereiro 2016
Revista DIÁRIO - Fevereiro 2016 - 45 Assim o religioso escreveu sobre a Igreja de São José: “Entrando no Santuário, onde não pude conter uma ex‐ clamação – Que igreja bonita! E de fato, é uma das mais belas que encontrei, até agora, nesta terra brasileira. É simples emuito emuito simples mesmo e, por conseguin‐ te, sem pormenores arquitetônicos; mas esta simplicida‐ de lhe comunica algo de majestoso, quase misterioso”. Depois de ter tido algumas alterações em sua concep‐ ção arquitetônica, hoje a tradicional Igreja de São José es‐ tá com a sua estrutura física degradada pelo tempo. Em 2015, a Prefeitura de Macapá começou um trabalho de manutenção para garantir o bom funcionamento da pré‐ dio. As obras não têm prazo para ser concluídas. A recuperação das calhas com limpeza e impermea‐ bilização, descupinização emanutenção do telhado, além da avaliação estrutural da Igreja tem a responsabilidade do engenheiro ArchiminoSthay, especialista emestrutura tecnológica de material de construção e patologias. Em 2013, a Defesa Civil do Estado entregou um lau‐ do técnico sobre as deficiências da estrutura da Matriz ao então pároco padre Lourenço Filho. O documento dava prazo de 90 dias para a elaboração do plano de recuperação do local. Na época, a Defesa Civil afirmou que os problemas encontrados na igreja não colocavam em risco a vida dos frequentadores e, por isso, não houve necessidade imediata de interdição. Enquanto as obras prosseguem lentamente, a empresa que ad‐ ministra o trânsito na capital estabeleceu que o fluxo de veículos nas proximidades do Templo não pode ul‐ trapassar os 30 km/h. O trabalho cauteloso, que visa preservar a constru‐ ção bicentenária, é executado pela Secretaria Municipal de Obras e Infra‐estrutura Urbana (Semob), baseado nas orientações repassadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O trabalho é acompanhadopor uma comissão de representantes da Igreja Católica, Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), Prefeitura de Macapá, Universidade Federal do Amapá (Unifap), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Tribunal de Contas do Estado (TCE) e instituições da sociedade civil. Originariamente, a Igreja Matriz de São José de Ma‐ capá, de acordo com a planta traçada pelo sargento mor Manoel Pereira de Abreu, aprovada pelo engenheiro An‐ tônio José Landi, que acompanhava Mendonça Furtado, tinha apenas uma porta e duas janelas. Hoje, as portas são três, e as janelas, também três. Diferente do início, quando era uma parede só, a lateral direita do Templo hoje possui portas. Mas o Padroeiro São José, em 19 de março de 2006, ganhava mais um templo na capital amapaense, a Cate‐ dral de São José de Macapá, que teve as obras iniciadas em 1996, através de contribuição financeira do governo estadual, empresas e doações de fiéis. ● ● Matriz com visual diferentedo original, com comtrês portase três janelas frontais, e portasna lateral.
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