Revista Diário - 11ª Edição - Outubro 2015

D entre os diversos conceitos que diferem religião de reli‐ giosidade, a maioria os defi‐ nem como: “Religião é uma fé, uma devoção a tudo que é considerado sagrado. É um culto que aproxima o homem das entidades a quem são atribuídas poderes sobrenaturais. É uma crença em que as pessoas bus‐ cam a satisfação nas práticas reli‐ giosas ou na fé, para superar o so‐ frimento e alcançar a felicidade”. Outro conceito sobre religião pode ser compreendido como “Um conjunto de princípios, crenças e práticas de doutrinas religiosas ba‐ seadas em livros sagrados, que unem seus seguidores numa mes‐ ma comunidade moral chamada Igreja”. Dentro do conceito da Reli‐ giosidade, as coisas tomam outro rumo. O indivíduo não é apenas um frequentador de uma igreja em suas aspirações religiosas, mas tem a consciência ininterrupta de que deve a todo instante, em qualquer lugar, ser um praticante das virtu‐ des religiosas baseadas nas leis do amor, da moral e da justiça. Portan‐ to, religioso é aquele que pratica os valores da Religiosidade dentro e fora da Religião. Avaliando com mais profundi‐ dade o assunto e os momentos difí‐ ceis em que a humanidade tem pas‐ sado com a total incompreensão das atitudes humanas junto ao seu próximo transitando por caminhos “religiosos” equivocados, afastando de vez a proposta de religar o ho‐ mem a Deus em seu sentido verda‐ deiro. Herculano em seu livro “Ago‐ nia das Religiões” afirma que “o místico vulgar não mergulha em si mesmo para encontrar em Deus a relação com o mundo, como fez Descartes, mas pelo contrário, des‐ liga‐se do mundo e se liga isolada‐ mente a Deus. Não é guiado pelo amor à humanidade, mas pelo amor a si mesmo”. Considerando que no mundo de sete bilhões de habitantes apenas 1,5% é de cristãos, ou seja, segue a Bíblia como filosofia de vida, ressal‐ tando a questão como é tratada a religião no Brasil, também chama a atenção, por ser totalmente diferen‐ te da Europa e da Ásia Oriental, o que a torna ainda mais imune às guerras religiosas, simplesmente pelo fato da pouca valorização e sig‐ nificado em face da religiosidade mais universal e mais profunda que se manifesta nesses lugares. Matar o seu semelhante por diferença de crenças... Fala sério! Ao cabo, quem está certo é o poeta em sua canção, quando afirma que o mais impor‐ tante é “Andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar”. ● Revista DIÁRIO - Outubro 2015 - 9

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