Revista Diário - 11ª Edição - Outubro 2015

Riqueza CláudiaOliveira Psicóloga clínica Nomofobia Consultório Psiqué Avenida FAB, 1070 - Sala 306 - Edifício Macapá Office - 98127-0195 Revista DIÁRIO - Outubro 2015 - 5 Comportamento CláudiaOliveira A palavra nomofobia é oriunda de uma abreviação de "no mobile phobia", que significa o medo de ficar sem celular. Com o avanço da tecnologia, com as inúme‐ ras redes sociais e a facilidade de comunicação, os estudiosos perceberamque a necessidade de se estar cada vez mais conectado, está se tor‐ nando um vício, quiçá uma doença. É perceptível, nos dias atuais, seja em casa, seja num restaurante, seja numa conversa in‐ formal, ou mesmo no trabalho, encontrar al‐ guém, que não esteja com aquele ''aparelinho'', plugado o tempo todo, onde o silêncio é que‐ brado pelos sons emitidos dos celulares, quan‐ do chega um aviso de comunicação. Onde as pessoas se mantêm de cabeça baixa, sem des‐ grudar das inúmeras mensagens que chegamo tempo todo. Será que é imprescindível estar sempre conectado? Por que a vida online so‐ bressai tanto? Será que está offline, por um tempo não é possível? Algumas pessoas ficam angustiadas, sofremumdesconforto enorme se a conexão cai, se o celular fica fora de área, se não conseguemacessar as redes sociais. Afinal, a visita e atualização de status, precisam ser fei‐ tas incontáveis vezes ao dia. E se tudo isso acontece concomitantemente, precisa‐se ficar atento, e reconhecer que pode se estar sofren‐ do de nomofobia, por causa da compulsão ex‐ cessiva ao uso do celular. Vale ressaltar, que é indiscutível, que o celu‐ lar é um instrumento facilitador e o problema não está comele e simcomomau uso que deste podemos fazer. Além disso, a Internet é um meio de comunicação fascinante. É importante utilizá‐la de maneira saudável, para promover o aprendizado, estabelecer boas relações e se comunicar. É essencial que se mantenha um li‐ mite, afinal, somos nós quem devemos manter total controle sobre nossas vidas, e não um de‐ terminado site ou aplicativo que vai nortear nosso comportamento. Se por um lado a mo‐ dernidade interliga as pessoas que vivem dis‐ tantes, pode distanciar quem está tão perto. Se isso estiver acontecendo, o importante é procu‐ rar a ajuda profissional . E então? Você acha que tem nomofobia? Ou conhece alguémcomos sintomas descritos? Fi‐ quemos atentos para tudo que nos limite, prin‐ cipalmente a falta de contato pessoal como ou‐ tro. Definitivamente o afeto, o olhar e o carinho são muito mais saudáveis e indicados para a saúde mental, que qualquer outra coisa. Pense Nisso! ● ''Seja qual for opaís, capitalista ou socialista, o homemfoi em todo o lado arrasado pela tecnologia, alienadodo seu próprio trabalho, feito prisioneiro, forçado a um estado de estupidez''. (Simone de Beauvoir)