Revista Diário - 12ª Edição - Novembro 2015

JoãoAlberto Capiberibe Waldez Góes GIlvam Borges Revista DIÁRIO - Novembro 2015 - 74 Se estivesse vivo emorasse no Brasil, o dramaturgo, poeta e encenador alemão vivido na primeirametade do século XX, Bertolt Brecht (1898-1956), certamente teria um farto laboratório para as suas criações, principalmente no campo político. É dele a célebre frase: “Infeliz a Nação que precisa de heróis”. S e naquela época a Europa já altamente desenvol‐ vida fornecia grande material para análises polí‐ ticas para críticos do porte de Bertolt Brecht, imagine o Brasil, em pleno século XXI, mergulhado num dos maiores escândalos de corrupção da História da República. Seguramente, se Bertolt Brecht estivesse vivo e mo‐ rasse no Brasil, diria que estariam faltando novas lide‐ ranças com pensamentos modernos e revolucionários. Pois, num tempo em que líderes políticos orientam suas campanhas eleitorais por pesquisas de opiniões, como os autores de telenovelas, os candidatos a cargos eletivos mais parecem uma mercadoria a ser consumi‐ da por eleitores do que realmente um ente necessário para o desenvolvimento de qualquer região. No Amapá isso não é di‐ ferente. A nova geração de políticos vem deixando muito a desejar num estado on‐ de a economia está estagnada, o desenvolvimento cul‐ tural e urbano impressiona pela paralisia e a nova ge‐ ração de lideranças políticas não consegue avançar com propostas inovadoras para o real desenvolvimento do estado. “Embora as gerações sempre apresentem algo de diferente entre si, no Amapá, no aspecto político, tanto a geração antiga quanto a mais recente, continuam com as mesmas práticas, o mesmo pragmatismo e o Texto: Fernando França Amapá: Hábrechas para um novopensamentopolítico? Política Embora as gerações sempre apresentem algo de diferente entre si, no Amapá, no aspecto político, tanto a geração antiga quanto a mais recente, continuam com as mesmas práticas… Job Miranda sociólogo

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