Revista Diário - 12ª Edição - Novembro 2015

Revista DIÁRIO - Novembro 2015 - 18 Q uem conhece o estado e os municípios citados, não aceita esses números, concluindo, até mesmo, que voluntária ou involuntariamente os dados do IBGE são surreais, considerando a explosão demográ ica que o Amapá passou a enfrentar desde a década de 1990 até os dias atuais, o que pode ser facilmente constatado através das ruas e avenidas praticamente intrafegáveis por conta do número de veículos que circulam, assim co‐ mo o sofrimento imposto à população pelo sistema de transporte coletivo que, apesar dos esforços da Prefei‐ tura Municipal, está cada vez mais caótica, não obstante o aumento considerável da frota de ônibus. Comparando os censos do IBGE de 2000 e 2010, e as projeções para 2015, o demógrafo Carlos Vargas é con‐ tundente: “Há graves indícios de falhas, involuntárias, ou mesmo por manipulação, atendendo a interesses de conjuntura econômica, porque a grande maioria dos re‐ cursos injetados nos estados e municípios pelo governo leva em consideração o número de habitantes, como o repasse de verbas dos fundos de participação dos esta‐ dos (FPE) e dos municípios (FPM)”. “A população de Macapá, em 2010 era, segundo o IB‐ GE, de 398.204 habitantes; de Santana, 101.262; de La‐ ranjal do Jari, 39.942; e de Oiapoque, 20.509. O Censo levantou que a população de Macapá era de 308.204 ha‐ bitantes em 2000. Em todo o estado, em 2010, seriam 669.526 habitantes, para 477.032 habitantes em 2000, com projeção para 2030 de 983.304 pessoas, das quais 493.707 homens e 489.597 mulheres. Ora, não é crível que, durante um intenso período de migração a partir da elevação do Amapá à categoria de estado, criação da Área de Livre Comércio de Macapá e Santana e o aque‐ cimento de atividades madeireiras e de mineração, além de outros setores produtivos em alta, principalmente na área de construção civil, Macapá tenha registrado um aumento de apenas 90 mil habitantes em dois anos e, Santana, no mesmo período, insigni icantes 10.218 ha‐ bitantes”, irresigna‐se Vargas. De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com766.679 habitantes, o Amapá é o penúltimo estado brasileiro emquantitativo populacional, perdendo apenas para Rondônia, que teria, hoje, 505mil habitantes. Essa projeção aponta que a capital amapaense contaria, atualmente, compoucomais de 457mil moradores, seguida de Santana (112.218), Laranjal do Jari (45.712) e Oiapoque (24.263). Omunicípio de Pracuúba surge como omenos populoso, com4.531 habitantes. Texto: Ramon Palhares Especialista garante que IBGE subestima populaçãodo Amapá Capital cresceumuito, de 2000pra cá; háquemdigaque Censodo IBGE é surreal. Censo

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